quarta-feira, 21 de junho de 2023

Nós fazemos a história e forjamos nosso destino com as próprias mãos

**** **** **** **** "Tudo que é sólido se desmancha no ar" Karl Marx **** **** **** **** Enquanto Parmênides idealizou o ser imóvel, Heráclito intuiu que nada é, as coisas são e não são, visto que estão em devir, "vir a ser". A realidade é dinâmica em essência. *** Enquanto Platão, na linha parmenídea, aponta para o ser imóvel no plano inteligível e admite um movimento ilusório no plano sensível, Aristóteles compreende que "o ser é e não é" nesse plano material, imanente, superando a visão dual de seu mestre da Academia, concebendo a ideia do ato, o ser realizado, definível, mas que ainda traz em si a potência do "vir a a ser" que depende de um agente externo, a causa eficiente, que provoca o processo da mudança e faz essa potência realizar-se em novo ato. *** O homem, "ser para si", como definiu Jean-Paul Sartre, é a "causa eficiente" de seu destino histórico, seja como humanidade ou como indivíduo. Por isso, para a compreensão da realidade histórica geral da humanidade e do indivíduo, a dialética é fundamental. Somos livres e fazemos a história, que segue sempre em devir. *** Na linha do que pensou Karl Marx, cada momento histórico constroi uma realidade infraestrutural (modo da material da produção e reprodução da vida). A paritr dela, emerge a superestrutural (plano nas ideias, verdades sociais), configurando uma certa ordem social, que dará lugar, mais adiante, a uma outra infraestrutural e superestrutural, em razão das contradições e lutas de classes antagônicas, no interior dessa sociedade. A dialética manifesta-se no plano material que determina em cada época, as formas de consciência do ser humano. Via de regra as ordens sociais até agora se materializam em sociedades fundadas na exploração do homem pelo homem. *** Mudar tal quadro para uma ordem social justa, de fato igualitária e socialista, é uma revolucionária tarefa que só a própria humanidade poderá chamar para si ao construir caminhos, condições históricas objetivas e subjetivas para realizar tal feito. *** A nossa liberdade para fazer a história não é absoluta. É exercida dentro de certas condições sociais e histórias dadas que precisam ser estudadas. Pisados no chão dessa realidade, a compreendo bem, suas contradições, podemos transformá-la, seja no plano da construção de um sentido individual ou no âmbito geral da humanidade. *** Sartre conectou bem essas duas demissões, visto que quando conferimos sentido individual à nossa existência, a partir de nossas escolhas somos responsáveis por isso que nos fizemos, mas também por toda a humanidade, afetada e engajada nessa nossa construção existencial. *** No plano geral, a humanidade não está refém de determinismos absolutos, transcendentais, pois é sua ação que move e determina seu destino coletivo. Mas muitos não sabem que fazem a história mesmo a protagonizando. *** Em 1852, em “O 18 Brumário de Luis Bonaparte“, Marx afirmou: “Os homens fazem sua própria história mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado. A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos” (Marx: 1969). *** Em o Existencialismo é um Humanismo, Sartre afirma que a existência precede a essência e que o ser humano é condenado a ser livre enquanto "ser para si", visto que ele é o autor e executor de seu próprio projeto existencial, ainda que reconheça os determinados sociais que o condicionam no exercício da sua liberdade. *** Ao ligar o fazer histórico individual com a práxis histórica muito bem analisada por Marx, Sartre nos leva a pensar que construir um projeto de vida fundado dos ideais da justiça é também mudar o mundo, pois quando esses projetos existenciais de uma época estão conectados, e os indivíduos se organizam, firmes no chão da realidade, conhecendo bem suas contradições e criando as condições objetivas e subjetivas de sua transformação, a mudança do mundo deixa de ser quimera e passa a ser realidad. *** Vem vamos embora que esperar não é saber quem sabe faz a hora, não espera acontecer. *** Prof. Railton Nascimento Souza

sábado, 23 de julho de 2022

O amor vencerá o ódio

O amor vencerá o ódio Aos 76 anos de idade, depois de tanta perseguição e injustiça sofridas, o ex-presidente Lula trabalha dia e noite para unir o Brasil em torno de um projeto de desenvolvimento, geração de riqueza e sua justa distribuição a quem a produz, com inclusão das minorias sociais que hoje padecem, de novo, na fome e na miséria. De forma ampla, Lula busca unir o país conclamando todos/as os/as democratas à tarefa histórica de derrotar, no dia 02 de outubro, o projeto do ódio e da morte, da mentira e da negação da ciência. Apoiar Lula é hoje colocar-se no centro desse projeto de defesa da DEMOCRACIA, da SOBERANIA do povo brasileiro e da pacificação da nação. Com coração leve e clara consciência de quem mira o objetivo mais nobre na política, O BEM COMUM do povo e não o próprio, Lula tem todo o meu apoio. Vamos juntos pelo Brasil. Esse é o lema de Lual. Que seja também o seu! Professor Railton Pré-candidato a deputado federal por Goiás

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

A DOR MAIOR E A ESPERANÇA

(Reflexão na convalescença) A dor insuportável do trauma que quebra seus ossos, massacra sua carne, e que lhe faz perder a razão, Não é maior do que a dor da indiferença, vinda das mãos frias que cuidam de tantos por aí como peça, corpo sem alma, sequestrado pelo hospital. A dor silente provocada pelo bisturi que corta seu corpo anestesiado, Não é pior do que a dor de muitos irmãos seus que morrem, todos os dias, a gemer em suplício nas portas e filas de hospitais, sem atendimento e tratamento adequados. A dor de tentar fazer o corpo cortado, e costurado, andar de novo num difícil processo de convalescença, Não é maior do que a dor do idoso abandonado no final da vida, doente e humilhado, a depender e a esperar, em vão, a mão de alguém que dele cuide, mas que jamais virá. A dor dos esforços, da persistência e determinação do corpo que alija a "resiliência" ao escolher a "resistência", em vista de superar o trauma que lhe fez verter lágrimas, Não é maior do que a dor de quem perdeu as forças e a esperança, feito o corpo de soldado a sucumbir no chão frio do campo de batalha, ao ser alvejado e ferido pelo golpe fatal, para nunca mais se levantar. A mão amiga, ali na hora mais crítica quando você está tombado e com muita dor, vinda de onde você nem espera, é um bálsamo que lhe renova a esperança na humanidade. Quiçá todo ser humano pudesse ser atendido por profissionais de saúde qualificados, acolhido, tratado com amor e dignidade, quando seu corpo e alma padecem a sofrer. * (Autoria própria) *Obra de arte: Henri Matisse.

sábado, 7 de novembro de 2020

Para onde estamos indo? Devaneio de 07.11.2011

E para onde estamos indo? E para onde essa loucura vai nos levar? Qual é o sentido disso tudo? Seremos lembrados? Estamos mesmo contribuíndo para melhorar o mundo? Estamos fazendo a diferença mesmo? Não seria melhor mergulhar no projeto egoísta de vida, ter e ter, ganhar e ganhar, consumir e consumir, e foda-se o resto? No campo político, estamos progredindo mesmo? E esse governo federal é de fato o que de melhor o povo merece? E o Marconi lidera seus aliados para um projeto coletivo, de inclusão da maioria, ou dá migalhas aos miseráveis e lautas iguarias fartas aos ricos? Devemos nos opor a ele, ou comer suas migalhas na esperança de um dia tomar assento à mesa para comer os manjares com os senhores oligárquicos do poder? Você pode me explicar isso? E essa veja, vê só o que quer ou vê tudo que tem que ser visto? Tudo é parte de uma grande conspiração? Existe esquerda? Há diferenças substanciais entre os partidos de esquerda e os partidos de direita? Essa diferença é evidente só no campo do discurso? Como se comportam os comunistas, esquerdistas, no poder? Fariam Marx revirar no túmulo ou dariam orgulho ao filósofo da velha Prússia? Vale a pena empunhar uma bandeira de esquerda? Qual? Não estaríamos também na esquerda entregues a projetos pessoais, personalistas, maquiados de projetos coletivos? Somos autônomos, revolucionários, de esquerdistas, ou mesmo quando pensamos assim somos apenas massa de manobra de alguém? É justo usar a massa esquálida, inapta e inepata como massa para referendo da vontade do líder ainda que declarado de esquerda? Você é massa de manobra? Já se sentiu assim? Não seria melhor pensar em trabalhar, comer, beber, ter prazer, dormir, e juntar moedas e ir ao Shopping? Esse não seria mesmo, como pensam tantos, o sentido da vida? Você tem feito a diferença? Seu partido tem feito a diferença? Seu partido é de direita e anda direito ou é esquerda e anda na direita? Sua atuação como estudante, professor, profissional, filho, pai, mãe, filha não poderia ser melhor? E essa rede não é uma rede de amenidades, trivialidades, que nos dá a sensação de fazermos parte de um grupo de amigos adicionados, cem, duzentos, mil ou dois mil? Para onde caminhamos gente? Para onde estamos indo? Não estão querendo lhe derrubar? Você não está querendo o lugar de alguém? Você é maquiavélico? Maquiavel não era maquiavélico? Marx não era marxisita? Jeus seria cristão atualmente? Você também não é medíocre, mesquinho, fisiológico, aproveitador? Você tem algum ideal, sonho coletivo? Acredita em quimeras ou utopias? Hoje estou ouvindo Pink Floyd. Estou conversando com Roger Waters. E o Ernesto Che não deveria ter abandonado a selva boliviana e ter voltado para casa a fim de cuidar de suas crianças e mulher? E o pai do Waters não deveria ter desertado para viver e brincar com ele, enchendo-o de beijos? Vou para casa agora dar um beijo no meu filho...

domingo, 25 de outubro de 2020

DISCURSO DE POSSE DO PROF RAILTON SOUZA

 DISCURSO DO PROF. RAILTON SOUZA  – POSSE NOVA DIRETORIA SINPRO GOIÁS 2020 – 2024 - 20.10.2020

“Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e 

são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis.” Bertolt Brecht

Boa noite colegas professores presentes, funcionários do Sinpro Goiás, dirigentes sindicais, representantes da entidades da sociedade civil, autoridades, familiares e amigos! 

Há 4 anos, em 20 de outubro de 2016, em pleno decurso do golpe do capital contra o trabalho, travestido de impeachment, a Diretoria do Sinpro Goiás tomava posse, com a tensão e a consciência de quem sentia, imaginava e antevia os enormes desafios que enfrentaria. A história confirmou o que se esperava. Foram quatro anos de luta intensa, sem trégua. 

O Sindicato dos Professores do Estado de Goiás enfrentou, nesse período, os maiores ataques aos direitos da categoria da nossa história recente. Reforma trabalhista e Terceirização Ilimitada durante o governo Temer, para citar os primeiros graves retrocessos. A Emenda Constitucional 95, que congelou os investimentos do estado brasileiro em todas as políticas sociais, foi outro atraso que alcançou a classe trabalhadora brasileira como um todo. 

Ombreados com a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB, com a Fitrae-BC, Contee e com o Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania, lutamos nas ruas contra cada um desses retrocessos.

Mas as investidas contra os direitos dos trabalhadores não paravam por aí. 

Com a eleição de Bolsonaro, alçado ao poder pela força dos interesses do capital internacional e nacional, que para atingir tal objetivo utilizou os meios sujos da “fake news” e da “prisão de Lula, então líder das intensões de voto”, a sociedade brasileira, a classe trabalhadora e as entidades sindicais, passou a um período de trevas. 

Como se não bastasse o STF declarar constitucional o fim da contribuição sindical obrigatória, a edição de medidas provisórias destinadas a desestabilizar os sindicatos, como a 873 que proibia o desconto da contribuição sindical em folha de pagamento, passou a ser uma constante nessa nova fase de ataques declarados pelo capital contra o trabalho. 

Tais medidas levaram o Sinpro Goiás a reduzir a 1/3 sua equipe de funcionários e sua estrutura funcional. A diretoria do Sinpro Goiás teve que tomar medidas administrativas responsáveis e muito difíceis para manter a sede do sindicato aberta, com todos os seus departamentos, financeiro,jurídico, comunicação e Sinpro na Escola em funcionamento, atendendo a categoria docente, das 7h da manhã às 18h, de segunda a sexta. Tudo isso mantendo o patrimônio do Sinpro Goiás, que é da categoria, e sem endividamento. 

Como se não bastasse tantos desafios, em 15 de março de 2020, nota Técnica da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás suspendeu as aulas presenciais no nosso estado em razão da terrível Pandemia da Convid-19, o que levou a categoria docente a um nível mais tenso ainda de pressão psicológica. Desde o 

Conselho Estadual de Educação a representação do Sinpro Goiás defendeu a publicação de Resoluções (a começar pela CEE/CP N. 02/2020 que instituiu o Regime de Aulas Não Presenciais), a fim de garantir aos professores emprego e aos estudantes o direito à educação, mantendo-se assim o Sistema Educativo de Goiás em pleno funcionamento. 

O Sinpro Goiás defendeu na imprensa, nos conselhos municipal e estadual, no Centro de Operações Emergenciais-COE, no Ministério Público, Ministério Público do Trabalho, na Defensoria Pública, a incolumidade física e psicológica e os direitos dos professores e professoras, exercendo papel decisivo para que as aulas não voltassem de forma presencial, sem as condições de biossegurança e sanitárias para tanto, e para que o calendário escolar aprovado no CEE/GO, que previa férias em julho e respeito aos feriados, fosse cumprido.

Com a abrupta determinação do necessário isolamento social, a categoria docente se viu, de uma hora para outra, forçada a aprender rapidamente novas tecnologias para a mediação das aulas não presenciais. Passou a ser demandada como nunca a se expor virtualmente, de uma forma para a qual não estava preparada. O professor teve que adaptar sua casa para o ensino remoto e trabalhar duro, com recursos técnicos, internet, e insumos próprios, e ainda sob ameaça real de redução de salários, suspensão de contratos ou mesmo de demissão. As consequências em termos psicológicos tanto para alunos quanto para professores estão a olhos vistos nos pedidos de socorro que o sindicato tem recebido nesse período e na grande procura por profissionais de saúde mental, apontadas nos levantamentos estatísticos das secretarias de saúde do município e do estado.

Em nome de manter o emprego e a renda dos trabalhadores, o governo federal, ao editar as MPs 936 e 927, permitiu mais lesões aos direitos dos professores, como férias concedidas sem o devido pagamento conforme determina a CLT, 13° salário, FGTS e previdenciário. 

Nessa fase de Isolamento Social o departamento jurídico do Sinpro Goiás, apesar de sua pequena estrutura, se manteve em plantão contínuo, publicando notas, oficiando as instituições de ensino, acionando o Ministério Público do Trabalho e a Justiça do Trabalho quando a demanda exigia tal ação.

O Sinpro Goiás lutou duramente e manteve as Convenções Coletivas de Trabalho-CCT da Educação Básica renovadas até 30 de abril de 2021 e obteve reajustamentos salarias acima da inflação. Quanto ao Ensino Superior, a CCT foi renovada até 30 de abril de 2019 e Sindicato dos Professores não aceitou a imposição patronal que visava impor cláusulas humilhantes e degradantes aos professores durante o processo negocial, o que levou o Sinpro Goias, até o presente momento, a recorrer ao Ministério Público do Trabalho e TRT 18 em busca de pactuar nova CCT dentro de parâmetros normativos que respeitem a dignidade da categoria e o valor social do trabalho. 

Agora, na condição de presidente reeleito, quero agradecer a todos os funcionários e diretores que estiveram no início da atual gestão e aos que permaneceram até agora. Obrigado pela dedicação de cada um ao Sinpro Goiás. O zelo de vocês é pela causa mais nobre de todas: a luta na edificação de uma sociedade justa, socialista, que estabeleça relações sociais e de trabalho que respeitem os direitos e a dignidade dos trabalhadores, que valorize a carreira docente e a profissão professor como condição necessária para o desenvolvimento humano, social e econômico com vista à edificação de um país verdadeiramente democrático. 

A nova diretoria do Sinpro toma posse hoje com expressiva renovação e com maior presença de mulheres. Aos que deixam a atual direção, fica o agradecimento do sindicato e a certeza de que a luta só está começando. A classe trabalhadora continuará contando com a sua atuação e defesa dos seus direitos. 

Dirijo-me a você novo diretor e nova diretora, delegada sindical e delegado sindical, que travou uma dura batalha, no processo da eleição eletrônica do Sinpro, estabelecendo contato direto com a categoria, ouvindo suas críticas e colhendo suas demandas ao pedir o voto e apresentar a Carta Programa com as bandeiras de luta.

Afirmo-lhe que ser sindicalista é se colocar a serviço da categoria, é saber ouvir, é saber dizer não com firmeza ao que é injusto e danoso para a classe que representa e sim, sem titubear, à voz da categoria que lhe elegeu quando lhe convocar para socorrê-la e a defendê-la. Ser sindicalista é saber negociar, utilizando a inteligência, a capacidade de comunicação e o estudo teórico e técnico, sem abrir mão da ética e da defesa inabalável do direito, da correção e do interesse coletivo. Parafraseando Flávio Dino, é “conectar o seu coração ao coração do povo”. 

Ser sindicalista é liderar pelo exemplo. Não é lutar um dia, uma semana, um mês, um ano ou alguns anos. É lutar sempre! Ser sindicalista é saber trabalhar em equipe, compreender a força do coletivo. É força de transformação, de esperança, que aponta para frente e indica o caminho. É coragem. É “pelear a peleja do povo”, impelido pelo ideário que leva à certeza de que um outro mundo, com justiça, igualdade e dignidade para homens e mulheres trabalhadores, é possível. Concluo minha fala reafirmando o compromisso dessa Diretoria, que hoje toma posse, já anunciado na Carta Programa na Chapa “Sinpro Goiás, na Luta com Você, na Defesa da Vida, da Democracia e do Emprego com Direitos”, com categoria docente até 20 de outubro de 2024. Seu compromisso é lutar por: 

- VIDA plena, saúde, com garantia de incolumidade física e mental dos 

professores/as, condições salubres de trabalho; e a solidariedade, como 

bandeira primordial; 

- ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, maior conquista histórica da 

sociedade brasileira, cotidianamente aviltado, pelos três poderes; 

- garantia da LIBERDADE DE ENSINAR E APRENDER, mais do que nunca ameaçada; 

- rigorosa punição para a prática antissindical em escolas e sindicatos patronais; 

- a reconstrução das liberdades sindicais, preservando-se a unicidade sindical;

- o revigoramento das políticas públicas de educação, saúde e previdência, que reclama a imediata revogação da Emenda Constitucional (EC) 95, 

responsável pelo congelamento de todas políticas sociais, até 2036; 

- a recriação do Ministério do Trabalho e Emprego; sendo o Brasil o único país que não mais o possui; 

- a proteção contra o desenfreado e descompromissado crescimento da educação à distância; - a proteção do direito de imagem e da produção intelectual, indevida e ilegalmente apropriados por estabelecimentos de ensino inescrupulosos; 

- as condições tecnológicas e os meios de comunicação necessários ao trabalho docente, respeitando-se sua jornada de trabalho contratada e o direito a desconexão;

- a manutenção dos direitos já conquistados; 

- a valorização da carreira docente, impiedosamente vilipendiada pelos poderes públicos e pelas escolas; 

- cuidado com o meio ambiente, sem o qual não há vida saudável para todos;

- melhoria das condições salariais dos professores e professoras;

- a inclusão dos/as trabalhadores/as, a irredutibilidade dos salários, e o respeito aos seus direitos frente ao avanço das tecnologias de informação;

- direitos à maternidade da professora e combater todas as formas de 

discriminação de gênero e de assédio; 

- a valorização da carreira docente, em todos os seus níveis de ensino, impiedosamente vilipendiada pelos poderes públicos e pelas escolas;

- os direitos e a dignidade dos/as professores/as idosos/as;

- a construção da escola que queremos alicerçada nos pilares da leitura e da interpretação críticas do mundo e formação da autonomia para o exercício da cidadania ativa;

- o combate à discriminação racial e a todas as formas de preconceito, atuando junto às entidades que defendem essa bandeira, considerando o que determina a lei 10.639/2003;

- os direitos das pessoas com deficiência nas instituições de ensino e na sociedade em geral; 

- a educação pública e gratuita como direito e combater a mercantilização, a financeirização e a desnacionalização do ensino, assumindo a palavra de ordem: “EDUCAÇÃO NÃO É MERCADORIA”;

- a autonomia dos Conselhos Nacional, Estadual e Municipal de Educação; 

- o fortalecimento e participação ativa nas instâncias sindicais às quais o SINPRO GOIÁS está filiado: Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Estabelecimento de Ensino do Brasil Central (FITRAE-BC) e  Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino (Contee); 

- apoio e participação na luta classista da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), à qual o SINPRO GOIÁS está filiado, visando o seu fortalecimento para a luta geral dos trabalhadores a fim de deter os retrocessos e retiradas de direitos em curso no Brasil;

- a soberania dos povos na condução dos seus destinos políticos, com a inclusão das minorias sociais, respeito à classe trabalhadora e combate às desigualdades sociais e de gênero;

À LUTA!

Sísifo moderno

 O TRABALHADOR É O SÍSIFO MODERNO 

Eis a condição do trabalhador brasileiro depois de tantas reformas feitas pelo governo, e em curso, que lhe retiram direitos sociais, trabalhistas e previdenciárias: trabalhar de segunda a segunda, até a morte, com salário insuficiente para manter suas necessidades b

ásicas, alimentando forçadamente a lógica perversa da concentração de renda do país. Sísifo, personagem da mitologia grega, foi condenado pelos deuses a rolar uma pedra até o alto da montanha. A pedra descia de volta e Sísifo, eternamente, deveria repetir tal tarefa inglória. Para romper essa fatalista condição, só a força positiva e coletiva do povo. Ao tomar consciência de que tal realidade degradante deve ser mudada a classe trabalhadora, Sísifo moderno, dará a reposta política em favor se sua própria libertação. Para tanto, valores como justiça social, soberania, cidadania plena, ética, valores sociais do trabalho, direitos humanos e solidariedade devem ser pilares inabaláveis de nossa democracia.

Texto escrito em 15 de setembro de 2018 em face das contrarreformas com a trabalhista do golpista Temer e previdenciária de Bolsonaro que rasgaram direitos históricos da classe trabalhadora brasileira na CLT e na CF88