terça-feira, 18 de dezembro de 2012

DIPLOMAÇÃO DE PAULO GARCIA, NESSA TERÇA (18) É MARCADA POR PROTESTOS DE SERVIDORES DA COMURG, DEMITIDOS INJUSTAMENTE




Durante a diplomação do prefeito Paulo Garcia, do vice Agenor Mariano e dos 35 vereadores eleitos na tarde desta terça-feira (18), funcionários da prefeitura demitidos injustamente pelo presidente Luciano de Castro, protestaram contra as péssimas condições de trabalho, baixos salários e arbitrariedades dos dirigentes da Comurg. Tudo isso aconteceu hoje no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Campus Samambaia, da Universidade Federal de Goiás (UFG).

Os funcionários foram demitidos injustamente e depois readmitidos durante o período eleitoral. Logo que Paulo Garcia foi eleito com seus 57% dos votos válidos, foram demitidos novamente sem nenhuma explicação plausível dlo presidente Luciano de Castro.
 
Os protestos foram liderados pela presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) em Goiás, professora Ailma Maria.

Além do prefeito reeleito, Paulo Garcia, do PT, e do vice Agenor Mariano (PMDB), 35 vereadores eleitos e os três primeiros suplentes de cada coligação receberam o diploma do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nessa solenidade.

Paulo Garcia afirmou durante a diplomação, que só vai anunciar as mudanças no secretariado em janeiro. Quando observaremos se será mantido o atual presidente da Comurg, órgão sempre visado por políticos para grandes esquemas eleitorais, e que sofre hoje fiscalizações do ministério do trabalho por causa dos graves problemas de segurança e de desrespeito à legislação trabalhista.

 Participaram da solenidade de diplomação dos eleitos, o presidente do TRE, desembargador Gilberto Marques Filho, o vice-presidente e corregedor regional eleitoral, desembargador João Waldeck Félix de Sousa, o atual presidente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Iram Saraiva, juízes e promotores eleitorais e membros do TRE.

 A solenidade que foi conduzida pelo juiz da primeira zona eleitoral, Enyon Fleury de Lemos, ficou marcada pela exposição do grave problema que enfrentam os servidores da Comurg.

Fica clara a inabilidade do atual presidente Luciano de Castro na condução política dos problemas internos do órgão que preside.


Resumo do caso:

Luciano de Castro, presidente da Comurg, após o período eleitoral que elegeu Paulo Garcia demitiu novamente, servidores da Comurg que havia readmitido. Antes das eleições eles foram demitidos por causa das denúncias que vinham fazendo das precárias condições de trabalho, falta de segurança e baixos salários, sob os quais viviam submetidos. Temendo um desgaste do candidato Paulo Garcia, durante as eleições, Luciano de Castro readmitiu todos eles se comprometendo com
a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) que o problema estava solucionado. Logo que foi anunciada a vitória de Paulo com 57% dos votos válidos, ele demitiu arbitrariamente todos eles novamente. Eis o motivo dos protestos de hoje na diplomação do prefeito eleito de Goiânia.

Acepta juez la apelación de Clarín y suspende ley antimonopolio argentina

El impartidor de justicia admitió el recurso en contra de su propio fallo, que consideró constitucional esa ley.

Buenos Aires. Un juez argentino aceptó este martes la apelación del poderoso multimedios Clarín y volvió a suspender la aplicación de una cláusula antimonopólica de la ley de medios, en otro capítulo de la guerra judicial que el grupo mantiene con el gobierno de Cristina Fernández.
El juez Horacio Alfonso le concedió a Clarín la apelación a su propio fallo emitido el viernes, que consideró constitucional dos artículos de la ley que obliga al grupo a desprenderse de decenas de medios audiovisuales y remitió la causa a la Cámara de segunda instancia, informó hoy martes el Centro de Información Judicial (CIJ).
"Ley de Medios: El juez Alfonso concedió la apelación. Se trata del recurso presentado por el Grupo Clarín contra la resolución que rechazara un planteo de inconstitucionalidad de artículos de la Ley de Servicios Audiovisuales (2009) y el levantamiento de toda medida cautelar dictada en el proceso", precisó el CIJ, órgano oficial de prensa de la Corte.
Se trata de un nuevo paso de un intricado proceso judicial que lleva más de tres años y que puede terminar en la Corte Suprema.
El Grupo Clarín, uno de los más poderosos de América latina y crítico de Kirchner, considera que la ley constituye un ataque a la libertad de expresión y a su patrimonio.
La apelación frena entonces la aplicación de la ley y el proceso de transferencias de oficio de las licencias que inició el lunes el gobierno argentino.
La transferencia de oficio está prevista para los grupos que tienen más licencias de radio, televisión que las previstas en la norma y que no han presentado en tiempo y forma un "plan voluntario" de desinversión.
De acuerdo con el gobierno, Clarín es el único de 20 grupos mediáticos que no ha presentado su plan de desinversión voluntario.
Según datos oficiales, Clarín posee 41 por ciento del mercado de radio, 38 por ciento de la TV abierta y 59 de la TV por cable, cuando el máximo (que marca la ley) en todos los casos es 35 por ciento.
El grupo Clarín tiene el diario de mayor circulación en Argentina, canales de aire y de cable, radios y redes de TV por cable, con un volumen de negocios de 9 mil 753 millones de pesos (unos 2 mil millones de dólares) en 2011.

Eis o que pretendem os golpistas (piratas) na América Latina: privatizar!

Golpistas privatizam o Paraguai


 
Por Altamiro Borges

Na terça-feira passada, um protesto convocado por entidades estudantis e sindicatos dos professores reuniu milhares de pessoas em Assunção. A manifestação teve como eixo central a denúncia do governo golpista do Paraguai, “presidido” por Federico Franco, que enviou recentemente ao Congresso Nacional um projeto de lei que privatiza todo ensino público do país. A mídia brasileira, que apoiou o “golpe constitucional” na nação vizinha, simplesmente escondeu o gigantesco protesto.
O projeto de privatização do ensino já foi aprovado no Senado e tramita na Câmara dos Deputados – as duas casas são controladas por forças direitistas e foram responsáveis pelo golpe relâmpago que destituiu o presidente Fernando Lugo, em junho deste ano. A nova lei também prevê o aumento das mensalidades pagas nas instituições privadas de ensino. Durante o protesto, realizado em frente ao Congresso Nacional, os trabalhadores na educação também denunciaram que os salários do setor estão atrasados há três meses.
Os retrocessos neoliberais
Na mesma terça-feira, em Santa Maria, no estado de Misiones, organizações de trabalhadores rurais realizaram uma marcha contra o fim dos direitos conquistados no governo de Fernando Lugo. Os golpistas do Paraguai têm promovido acelerados e graves retrocessos nas políticas agrária e agrícola, reforçando o domínio dos latifundiários. Os ruralistas tiveram papel ativo no golpe de junho, criando um clima de terror no campo contra a reforma agrária, e agora estão sendo agraciados pelo “presidente” Federico Franco.
Desde o golpe, o Paraguai se tornou num paraíso dos ricaços. Como relata o jornal Hora do Povo, “Franco realizou amplas concessões antipopulares para as multinacionais. Entre as quais, ele submeteu a produção de sementes de soja a Monsanto e o monopólio de exploração do petróleo para a Dahava Petróleos”. O país caminha para o abismo. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), ele sofrerá retração de -1,8% em seu PIB neste ano, um dos piores resultados da América Latina.
Merval Pereira e Álvaro Dias
Os neoliberais nativos – como o “imortal” Merval Pereira (Globo) e o exótico senador Álvaro Dias (PSDB-PR) –, que deram total apoio aos golpistas, agora estão em silêncio. Eles nada falam sobre as regressões políticas e sociais no país vizinho, nem sobre as lutas deste sofrido povo. Eles são cúmplices da barbárie em curso no Paraguai. Ninguém pode esquecer!

domingo, 16 de dezembro de 2012

Direita ataca Lula visando 2014!

A direita nativa e a Operação 2014




Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

E reaparece meu pai, Giannino, e não diz “profetica anima mea”, alma minha profética. Confirma apenas “mala tempora currunt” e comenta como é elementar a tarefa do analista político nas nossas latitudes. Refere-se, está claro, ao jornalista honesto, habilitado a perceber a previsibilidade dos movimentos dos senhores da casa-grande.

Até o mundo mineral recorda os tempos precedentes ao golpe de 1964 e reencontra aquele tom de fúria nos jornalões dos últimos dias. Desfraldam manchetes dignas da eclosão da guerra atômica. Está em curso, de fato, uma operação na mira de 2014, articulada em duas frentes com o mesmo objetivo: a debacle final de quem ousasse preocupar-se com o destino do País todo, senzala incluída.

Em uma frente visa-se Lula, sua popularidade e seu peso em relação ao futuro da presidenta Dilma. Ocorre assim que venham à tona detalhes do depoimento prestado há três meses por Marcos Valério à Procuradoria-Geral da República. Vazados por quem? Pelo próprio Roberto Gurgel em busca de desforra? Há figuras ilustres engajadas na campanha, imponente entre elas o novo presidente do STF, Joaquim Barbosa, o qual se apressa a declarar que o ex-presidente pode ser investigado pelo Ministério Público. Ao lado do nosso Catão postam-se prontamente (e quem mais?) os ministros Gilmar Mendes e Marco Aurélio Mello. Mendes é aquele, para quem esqueceu, que chamou às falas o então presidente Lula, pediu e ganhou a cabeça do delegado Paulo Lacerda, acusou a Abin de um grampo inexistente e trabalhou com êxito para o enterro da Operação Satiagraha e a felicidade de Daniel Dantas. Quanto a Mello, dispensa apresentação no seu inesgotável papel de homem-show.

Não falta um colaborador de elevada qualificação, o feliz contraventor Carlinhos Cachoeira, parceiro de Policarpo Jr., impagável representante da Veja em várias operações criminosas. Quem sabe a dupla se consolide no momento em que Cachoeira realizar sua ameaça: “Sou o garganta profunda do PT”. O que espanta, nisso tudo, é a falta de reação à altura por parte do partido. Parece estabelecida uma corrente de pusilanimidade entre Odair Cunha e a presidência do PT, dotada de uma vocação cristã alçada à enésima potência: não lhe basta oferecer a outra face, imola-se por inteiro.

E que dizer do desempenho do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo? Imerso em perfeito silêncio diante de acontecimentos que dizem respeito à sua pasta. Quando fala manifesta, não sem altaneira timidez, sua impressão (ou seria sensação?) de que Lula é inocente. Consta que este ministro tem amigos graúdos e costas quentes. Outro, digníssima figura merecedora do apoio de CartaCapital, é o alvejado Guido Mantega, em boa parte executor da política econômica do governo. Se atiram nele, sejamos claros, é porque querem atirar na presidenta.

Eis aí a segunda frente da Operação 2014. A política econômica do governo enfrenta e desafia interesses poderosos. É antídoto salutar à religião do deus mercado que infelicitou e infelicita o mundo, mexe mais ou menos profundamente com o setor elétrico, reduz os juros e o spread. Atinge bancos e indústria, fecha a porta para os ganhos extraordinários na renda, até ontem tão compensadores dos resultados medíocres na produção. Além fronteiras, cria alvoroço entre os fundos acostumados ao ganho abundante na terra brasilis.

Há quem diga que teria sido da conveniência do governo coordenar sua ação entre os envolvidos, negociar com o empresariado, cativá-lo. A quais empresários alude? Aos que financiam o Instituto Millenium, ou, pelo menos aprovam sua presença? Aos que devoram as páginas dos jornalões e se deslumbram com seus candentes editoriais? Missão complexa, se não impossível, para o coordenador. Explica-se desta maneira a estulta, penosa tentativa de ver fritado o ministro Mantega para, ao cabo, criar dificuldades para a presidenta, quem sabe insanáveis, na expectativa malposta.

Avulta, nisso tudo, a diferença dos tempos. Entre aquele das diatribes golpistas de quase 50 anos atrás e as de hoje. -CartaCapital permite-se um aprazível momento de otimismo. O que mudou é o povo brasileiro, a maioria da nação. Esta não está nem aí, como se diz. Talvez nunca tenha sido capaz de dar ouvido às ordens da casa-grande, executou-as, porém, passiva e automaticamente, negada à compreensão do seu significado. Agora não lhe ouve os apelos porque fez a sua escolha, e não é a favor dos senhores e dos seus capatazes.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Difamação contra Lula

"Meu nome também é Lula"


Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Estando em pleno gozo de todos os direitos políticos e de todas as demais garantias individuais concernentes à cidadania brasileira, diante da campanha hedionda de difamação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ora promovida por seus adversários políticos (declarados e enrustidos), venho fazer uma declaração.

Acompanho a trajetória de vida do ex-presidente desde a campanha eleitoral de 1989. Dá quase um quarto de século. A cada dia desses 23 anos, com intervalos de nem uma centena de dias, se tanto, vi e ouvi todo tipo de acusação contra ele. Todo tipo que se possa imaginar.

Naquele 1989, os mesmos grandes meios de comunicação que hoje, após tanto tempo, continuam lançando acusações análogas às de outrora contra o ex-operário, chegaram a convencer o Brasil de que ele era mais rico do que o adversário Fernando Collor por morar em uma casa emprestada por um empresário.

Acompanhei a vida de Lula, desde então. Como tantos sabem, sobretudo seus inimigos, ele não enriqueceu com a política. Muito pelo contrário, seu patrimônio – sobre o qual seus adversários construíram tantas farsas – não é tão maior do que era quando disputou a primeira eleição presidencial, há 23 anos.

Lula poderia ter tirado quanto quisesse da política, se quisesse…

Ele nunca se desviou do caminho que aquele que acompanhou a sua vida sabe que era o que verdadeiramente perseguia, o de dar ao filho do “peão” oportunidades menos inferiores às dos filhos dos janotas empertigados que se julgam melhores do que o resto por terem um sobrenome de origem européia e um canudo de papel outorgado por uma universidade.

Esse homem, com sua instrução rudimentar, ainda na minha juventude fez com que eu, que estudei nas melhores escolas de São Paulo, pudesse entender que um país injusto como o Brasil não é bom para ninguém, e que só com a igualdade de oportunidades é que poderia fazer jus ao conceito fundamental de nação.

É inevitável fazer a analogia entre a luta de Lula contra legítimos impérios empresariais e as mais poderosas forças políticas – começando por uma ditadura – e o conto bíblico da vitória do jovem e franzino David sobre o poderoso gigante Golias. Afinal, Lula venceu um gigante monstruoso. E venceu três vezes.

Dirão que construí, para mim, uma imagem romanceada de um político como qualquer outro. Mais uma vez provo que estão errados. Tenho todas as justificativas racionais do universo para dizer que Luiz Inácio Lula da Silva jamais traiu a minha confiança. O poder não o mudou e ele cumpriu todas as promessas que me fez ao fazê-las a todos os cidadãos.

Lula fez seu povo – como ele mesmo diz, os feios, os desprezados, os pobres e desesperançados – melhorar de vida como jamais ocorrera e alçou o Brasil a uma era de ouro. E o principal: devolveu a auto-estima aos brasileiros.

Agora, querem se vingar das derrotas acachapantes que Lula lhes impôs. Querem macular seu legado com acusações farsescas, irresponsáveis, criminosas. Querem, se possível, vê-lo encarcerado, pois foi sempre isso que fizeram com adversários políticos desde que atiraram o país em uma ditadura sangrenta.

Pois se essa afronta prosperar, dividirei, orgulhosamente, o banco dos réus com o ex-presidente. E serei acompanhado por milhões. Mas como só posso falar por mim, juro que, se Lula for a um tribunal, estarei ao seu lado. E quando lhe perguntarem o nome, levantar-me-ei e direi que o meu também é Lula.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dilma cumpre promessa! Baixa tarifas da energia!

O jab da Dilma no queixo tucano

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

A presidente Dilma conseguiu aplicar poderoso jab no queixo do PSDB, nesta quarta-feira. Seu plano para reduzir o preço da energia foi aceito pela maioria das empresas do setor, com exceção das três controladas por governadores tucanos. Não vou entrar no mérito da MP, que alguns engenheiros acusam de ser nociva à saúde das estatais. Em termos de embate político, contudo, Dilma deu um drible nos adversários que devem tê-los deixado com a cara de quem passou algumas horas discutindo com Mike Tyson. A medida, que é populista na acepção positiva do termo, ganhou apoio, naturalmente, dos que mais vão lucrar com ela: os industriais.

Confira esse trecho de matéria publicada hoje no site do Estadão:

“Vamos realizar uma das ações mais importantes para reduzir o custo de produção do Brasil, a redução das tarifas de energia elétrica”, disse a presidente, sob muitos aplausos, em discurso na abertura do 7º Encontro Nacional da Indústria (ENAI), em Brasília.

A presidenta, que já tem a seu lado o povão, via Lula; que conquistou a classe média com seu jeitão de gerente séria, exigente e implacável com “malfeitos”; agora se tornou o xodó dos industriais. O PIB pode estar meia-bomba, mas:

- Juros e spreads caíram.
- Dólar subiu.
- Hoje o Guido Mantega liberou mais R$ 100 bilhões para empresas investirem.
- Preço da energia pode vir a registrar uma saudável queda a partir de 2013.

Nada disso significa que os problemas acabarão. O mundo hoje é terrivelmente competitivo, e há empresas que, infelizmente, vão quebrar mesmo com juros, câmbio, crédito e energia em situação mais favorável. No mínimo, porém, as medidas do governo amenizam a crise e retardam um pouco o fechamento de alguns negócios. Note que estou tentando ver a coisa pelo lado negativo, por precaução.

Até mesmo o plano para baratear a energia, ainda vai depender de fatores imponderáveis, inclusive a quantidade de chuvas nos próximos meses. Tomara que dê certo, e que a gente receba uma conta mais amiga no ano que vem.

O que gostaria de comentar é a armadilha em que tropeçou o PSDB. Os tucanos estão queimados com o povão, por seu estilo aristocrático e pedante. A classe média, mesmo festejando o julgamento do mensalão e atribuindo a Joaquim Barbosa qualidades de herói de revista em quadrinho, foi seduzida pela presidente. E agora, os donos da indústria, estarrecidos em face da decisão dos governos de Minas, São Paulo e Paraná, de não aderir ao plano federal para reduzir os custos da energia, olham para o partido com um sentimento misto de raiva, pena e decepção.

Leia esse trecho de nota publicada hoje no site da Fiesp:

De acordo com Paulo Skaf, estatais (Cemig, Copel e Cesp) que se recusam a aderir ao desconto vão ter que arcar com as consequências de frustrar os brasileiros.

Para os tucanos, portanto, sobrou apenas a mídia, que parece cada vez mais biruta em sua cruzada contra o presidente Lula.

Quando achamos que a mídia atingiu o ápice da histeria antipetista, que ela chegou ao fundo do poço, eis que topamos com um novo alçapão.

Merval Pereira se tornou uma espécie de caricatura de si mesmo. Vai vendo só o título da sua coluna de hoje:



A sisudez novecentista de Merval, porém, não evita que ele abrace alegremente, como de resto toda a grande mídia, a baixa fofoca política:

Agora mesmo temos o exemplo da Polícia Federal agindo de maneira autônoma e investigando nada mais nada menos que a chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, tida por todos como “a namorada do Lula”.

Não se espante com o elogio de Merval à PF. Mais adiante ele explicará que o aprimoramento da PF não deve ser atribuído à Lula, e sim à Constituição de 88!

Algo me diz que a tática de explorar a vida pessoal do presidente dará resultados opostos àqueles esperados pela oposição midiática: Lula vai ganhar ainda mais carisma.

Entretanto, não deixa de ser lamentável que as pessoas acreditem em histórias sem pé nem cabeça como essa do Garotinho, de que Rosemary Noronha saltou do avião presidencial, na cidade do Porto, num vôo em que também estava Lula, e registrou junto às autoridades locais uma mala com mais de 25 milhões de euros. Concordo com o Rovai, de que Lula deveria processar Garotinho.

Inconsistências da história:

1 – Não cabem 25 milhões de euros numa “mala diplomática”. Rose teria que saltar do avião carregando um carro forte.

2 – Se Lula e Rose quisessem roubar dinheiro fariam uma transferência eletrônica.

3 – Qual o sentido em registrar, na âlfandega do país da União Européia onde há rígidas leis contra crimes financeiros, uma quantia de dinheiro de origem ilegal.

Francamente, já se mentiu melhor…

De resto, o artigo de Merval, assim como o editorial do Globo hoje, tem como objetivo defender Fux de si mesmo. A agoniada retórica do colunista para blindar o ministro, e atribuir sua entrevista desastrada à Mônica Bergamo à uma tentativa de se blindar contra fofocas petistas, revela o grau de engajamento da mídia em proteger seus “aliados”.