Recomendação:
Recomendo a leitura desse texto de Rodrigo Vianna, publicado aqui no meu blog. O jornalista Rodrigo esclarece o factóide da Veja que tentou desqualificar os internautas do Twitter, que já colocaram várias "hashtags em Trending Topics", afirmando que eles seriam robôs e que assim replicariam as mensagens contra a revista defensora da vedade, da moralidade e do bem comum da nação brasileira. Por causa disso, a revista foi exposta ao opróbrio para todos os computadores abertos do país naquela rede de relacionamento, com a reação furiosa da galera do twitter através da hashtag #VejaTemMedo.
Veja e o robô que não era robô
Por Rodrigo Vianna, no
blog Escrevinhador:
A
revista “Veja”, antes da curiosa parceria com o bicheiro Cachoeira, era
conhecida pela criatividade. Não deixa de ser uma boa qualidade no jornalismo:
textos, títulos, ilustrações criativas são sempre benvindos. Desde que se
baseiem em fatos.
Fatos não são o forte de “Veja”: dólares para o PT
trazidos em caixas de whisky (que ninguém nunca viu), contas no exterior de
gente ligada ao lulismo (jamais encontradas, mas noticiadas como verdadeiras),
queda de Hugo Chavez em 2002 (comemorada antes da hora, com uma capa
vergonhosa), grampo sem áudio (hoje, graças a outros grampos com áudio do
esquema cachoeira, sabe-se porque o grampo sem áudio virou notícia na
“Veja”)…
A lista é enorme, e não se restringe à
política. A “Veja” é crédula. Acreditou no Boimate (o episódio, ridículo, foi
estrelado por um rapaz chamado Eurípedes Alcântara, então editor de “Ciência” da
revista), uma brincadeira de primeiro de Abril de uma agência internacional. Por
conta de tanta credulidade, a revista noticiou como verdadeiro o cruzamento de
boi com tomate. Genial. Tão genial que o rapaz depois viraria diretor de redação
da revista.
A “Veja” – é bom lembrar – acredita em recomendar remédios
(milagrosos) para emagrecer, na capa. De forma irresponsável. O
remédio na verdade serve para diabetes, e sumiu das prateleiras. Uma
história até hoje mal explicada.
A revista mais vendida do país, com
pouco apego aos fatos, tornou-se também sisuda, malcriada, irascível. O fígado
dos Civita e de seus rapazes deve doer demais. Eles deveriam relaxar um pouco.
Na última edição até que tentaram. Para responder às críticas avassaladoras
contra a estranha parceria Abril-Cachoeira - que levaram “Veja”, 4 semanas
seguidas, para os “TTs” no twitter – os editores decidiram atacar. Acusaram o PT
(Globo e Veja são os únicos órgaõs de comunicação do país, na companhia do
Professor Hariovaldo, que acreditam piamente na existência dos “radicais do PT”)
de comandar uma campanha orquestrada no twitter.
O malvado Rui Falcão
(presidente do PT) teria chefiado tudo. Utilizando, vejam só, perfis falsos no
twitter. Ou seja: os radicais lulopetistas utilizaram “robots” para atacar a
revista dos homens bons da pátria. A “Veja” faz bem em gritar. Radicais!
Mosquitos stalinistas! Formigas esquerdistas! Quem sabe esses gritos diminuam o
ruído da cachoeira… Um dos “robots” lulopetistas a “Veja” decidiu nomear: tem o
nome sugestivo de @Lucy_in_Sky_.
Pois bem. O twitteiro @página2 decidiu
fazer o que Veja não gosta de fazer: checar informações. Descobriu que
@Lucy_in_Sky_ existe sim! A entrevista
da twitteira – que existe, contra a vontade da revista – pode ser lida aqui, no
blog do Eduardo Guimarães.
O resumo de tudo isso é o seguinte: “Veja”
dá destaque – de forma criativa – a fatos que jamais existiram. Em
contrapartida, agora acusa (!?) de não existir pessoas que de fato
existem!
Engraçadíssima a “Veja”. Deixou-se embalar pelo jornalismo
lisérgico. Cachoeira já sabia: esses rapazes da marginal estão à frente de seu
próprio tempo. Brigar com as redes sociais é, de fato, atitude muito
inteligente!
Lucy in the sky with diamonds!!!
*****
PS: na
primeira versão desse texto, o Escrevinhador cometeu uma falha gravíssima –
confundiu Mario Sabino com Eurípedes Alcântara. Alertado por “robots”
stalinistas que já estiveram inscrustrados na editora Abril, acabamos de fazer a
correção, dando crédito pelo brilhante Boimate ao homem bom Eurípedes
Alcântara.

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