Deputados rezam Pai Nosso e servem ao dinheiro
Deputados rezam pai nosso e no dia a dia votam contra o povo, fazem leis injustas, massacram o trabalhador, retirando-lhes direitos - a terceirização é o caso mais terrível. Rezam e depois defendem que a população seja armada. Rezam e aprovam o financiamento privado de campanha que abre as portas para a corrupta relação entre o Estado e as empresas. Rezam e querem reduzir a idade penal ao invés de se dedicarem ao fundamento constitucional que determina que crianca e adolescentes são prioridades das políticas do estado, no caso educação, desporto, profissionalização... Rezam e querem acabar aos poucos com o SUS, para enriquecer mais ainda seus financiadores dos planos de saúde, pregando o povo, especialmente os mais pobres, na cruz da falta de atendimento público de saúde. Rezam e vociferam contra os programas de assistência social que atendem os excluídos do sistema. Rezam e se tornam seviçais do dinheiro graúdo, do deus dinheiro. Rezam o pai nosso e não entendem sequer o sentido dessa oração: a vontade de Deus não pode ser a injustiça por eles praticada. E eles não podem esquecer que o pão nosso de cada dia do trabalhador será retirado com as leis injustas que eles mesmos aprovam no Congresso. Eles rezam e querem pregar o trabalhador na cruz da terceirização. E não entendem que o maior mal é a ignorância que levou o próprio mestre à cruz, vítima das calúnias dos opressores políticos romanos e das autoridades religiosas do judaísmo que viam nele um perigo de revolução. Rezam e usam a religião como plataforma eleitoral, fazendo das suas igrejas currais eleitorais. Rezam e pregam o ódio e o precoceito contra as minorias. Rezam e se escondem no verniz moralista que nunca se indigina com a injustiça. Rezam e não sabem o que é ao amor do mestre que acolhe a prostituta, salvando-lhe a vida, ao invés de incentivar seu apedrejamento. Rezam e saem dizendo por aí que bandido bom é bandido morto. Rezam e depois disseminam o ódio, o preconceito e a intolerância. Rezam e se parecem mais com os fariseus e saduceus que gostavam de aparecer como bons homens e serem louvados por suas boas obras e belas vestes, que viviam de aparência, que faziam longas orações em público mas se esqueciam do fundamental, a justiça. Fariseus e saduceus que traíram seu povo, fazendo conchavos com César para se beneficiarem, massacrando o povo pobre. A árvore se conhece pelo fruto. E o fruto que esse Congresso tem produzido é um abrolho!
Nenhum comentário:
Postar um comentário